MARIA SOPHIA B. VANNUTELLI
( BRASIL – DISTRITO FEDERAL )
MÃE (Antologia). Capa: Sônia Gonçalves Dias. Brasília. DF: Casa do Poeta Brasileiro (POÉBRAS) Seção Brasília, 1983. 200 p.
Ex. doação do livreiro Brito, Brasília, DF
Nasceu no Rio Grande do Norte.
( Membro da POÉBRAS – Brasília)
SER MÃE É ANDAR CHORANDO NUM SORRISO!
SER MÃE É TER UM MUNDO E NÃO TER NADA!
SER MÃE É PADECER NUM PARAISO!
De batismo: Maria Sophia,
e sou potiguar de nascimento.
Enleva-me a suave poesia,
mundo de encantamento.
Gratas recordações guardo
do primeiro cantinho de paz,
onde vivi feliz ao lado
de Félix e Amélia, meus pais.
Junto ao esposo e filho queridos —
Mário e Roberto — amigos incansáveis,
batalhando, assim unidos,
num viver de momentos agradáveis.
AMOR PATERNO
Amor de mãe é poder sobrenatural,
transformando espinhos em rosas,
amor sublime de beleza sem igual.
Amor de mãe, roas... cor-de-rosa!
Amor de mãe, luz a dissipar trevas,
doce orvalho que a flor vitaliza.
Só amor de mãe pode amainar guerras
e dar paz à humanidade sofrida.
Que este amor, resplendente de ternura
e de fronteiras sem dimensão,
a face do mundo transfigure,
unindo os povos como irmãos!
“O DIA DAS MÃES”
À Amélia, mãe querida.
Mãe, hoje é teu grande dia!
Ansiosos por te homenagear,
em nossos corações, erguemos teu altar!
Tua luta incansável,
de desvelo sem limites,
só agora, mãe, compreendemos e,
mais que nunca, muito a queremos!
Os caminhos árduos que palmilhaste,
quiséramos amenizar com rosas,
as mais belas do mundo,
como símbolo de amor profundo!
Mãe, por tudo os que fizeste,
na alegria e na dor,
teu nome é amor infinito!
Ternura de mãe, amor bendito!
INCENTIVO
À Carolina, estimada sogra
Mãe, és flor preciosa
surgida entre penhascos!
Símbolo de luta incessante
num existir dignificante!
Hoje, com tua fisionomia serena
emoldurada de acentuada cãs,
revelas que teus esforços não foram vãos!
Contempla, pois, o jardim humano
que com tanto amor semeaste,
para, dia-a-dia, florescer,
premiando, destarte, teu viver!
AS ESTAÇÕES DA VIDA
A todas as mães
Qual plantinha tranquila surgindo,
um embrião nas entranhas da mãe,
tudo amor, sonho refletindo
ambiente de paz — nobreza tamanha!
Agora, criancinha inexperiente,
as primeiras palavras a balbuciar,
uma nova vida, um ser inocente,
à doce sombra protetora do lar!
Rápido desponta a juventude:
adolescência , fértil imaginação,
fase sonhadora de inquietude
impulsionada pelo coração!
De mansinho, a temida velhice,
Alegrias, por vezes desilusões;
retrospecto à saudosa meninice,
em manancial de recordações...
15 ANOS DE POESIA – PROSA E VERSO. Antologia da Casa do Poeta Brasileiro. Seção Brasília – DF - 1978-1993. Brasília: 1993? 144 p. ilus. Capa: aquarela de
Ydê Afonso. 15,5X22,5 cm. N. 03 949
Exemplar da coleção de Antonio Miranda.
Maria Sophia Vannutelli é potiguar (do Rio Grande do Norte) de nascimento.
Advogada, transformou a saudade em poesia, cultuando com lirismo suas raízes — sua terra, seus pais, suas lembranças.
Endereço: SQS 110, bloco A, ap. 6s04
CEP 70373-010 Brasília - DF
Foto: www.blogdedaltroemerenciano.com.br
SÃO JOSÉ DE MIPIBU
A esse tranquilo rincão, meu primeiro abrigo,
com o carinho de filha, quero homenagear.
As primeiras recordações,
as mais marcantes, as que perduram,
de uma infância feliz, serena,
todas guardo com desvelo!
E nessas minhas lembranças, faz-se sempre presente
a abnegação de meus pais — Amélia e Félix.
Minha mãe é de origem mipibuense.
Meu saudoso pai, Félix Bezerra de Araújo Galvão,
nascido em Acari, figura carismática e centenária (1884-1984),
iniciou em São José a sua carreira ade magistrado — promotor,
juiz, e, finalmente, desembargador (Natal),
cargos que atingiu com dignidade e merecimento,
o que muito nos orgulha.
Mas as tristezas também não as esqueço,
como a daquele dia em que desapareceu
da Igreja Matriz a imagem de Santana,
a padroeira da cidade.
Toda a comunidade uniu-se em prece e,
como por milagre, lá estava ela de volta ao seu lugar.
E nesta singela homenagem,
elevo minha alma aos céus
peço a Santana que continue a velar
por esse querido São José de Mipibu.
À CIDADE DO SOL, a risonha e acolhedora capital potiguar.
Quisera ser trovador
de feitos da natureza,
poder cantar teu esplendor —
mar, dunas... tanta beleza!
O forte dos Reis Magos,
monumento principal,
retrata o primeiro marco
da cidade de Natal.
Infindas recordações
dessa terra mui querida
falam ao meu coração
em imagens coloridas!
O MAR
Ao contemplar esse fantástico e
imprevisível mundo
o mundo das águas,
águas tépidas e cristalinas,
ora verdes, ora aniladas,
refletindo o firmamento,
quedo-me extasiada!
Diante de tamanho e místico cenário,
sonho, devaneio,
sem poder em ti penetrar...
Ora grandiosa do Onipotente,
sem igual, o meu mar potiguar!
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Página publicada em janeiro de 2025
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